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Agressividade Infantil

Um dos problemas recorrentes nas nossas clínicas de psicologia em Lisboa, no Instituto de Apoio e Desenvolvimento – ITAD, é a agressividade infantil em contexto escolar. Por isso, realizamos acompanhamento a quem estiver com estes sintomas e também ajudamos mães e professores, a saberem lidar o melhor possível com a situação.

Agressividade Infantil em Contexto Escolar

Aquando da transição inicial das crianças para o ambiente escolar, ou até mesmo em idade pré-escolar, estas poderão vir a manifestar comportamentos agressivos, tanto físicos como verbais, para com os colegas e/ou professores. Alguns dos comportamentos mais comuns são os conflitos físicos com os colegas que envolvem empurrar, bater, arranhar e morder. Estes passam também pelo insultar, destruir os brinquedos dos outros, o dizer mal e responder de forma insolente a ordens dadas.

Estes comportamentos no contexto escolar causam disrupção do ambiente de aprendizagem, tanto na sala de aula como no recreio, perturbando os seus pares e os professores, assim como o ritmo e qualidade da aprendizagem da criança. Muitas vezes, os professores ficam sem saber lidar correctamente com estes comportamentos, acabando por rotular as crianças como sendo “mal-educadas”, “desinteressadas” e “perturbadoras”, o que leva muitas vezes ao seu isolamento.

A questão da agressividade infantil é bastante complexa. As causas deste problema estão relacionadas com experiências traumáticas vivênciadas pelas crianças que não foram bem resolvidas, ligadas a determinadas experiências sociais devastadoras ou a padrões de vinculação inseguros. Há no entanto, diversos outros factores de risco associados a esta problemática comportamental, como:

– Estragétias desajustadas de coping;
– Falta de um modelo de comportamento ajustado e não agressivo, assim como de um ambiente familiar estável e seguro;
– Problemas e conflitos familiares;
– Relacionamento instável e caracterizado por padrões de vinculação inseguros;
– Estratégias parentais desajustadas, ou demasiado liberais e permissivas, ou demasiado opressoras e controladoras;
– Problemas dos pais como situação de luto mal resolvido, alcoolismo, violência doméstica, toxicodependência, divórcios litigiosos e depressão clínica.

A agressividade infantil ou juvenil em contexto escolar são uma resposta ao ambiente stressador à sua volta, e a compreensão do mesmo, tal como a empatia e tolerância para com a criança, são de extrema importância para a sua resolução. Os professores, quando confrontados com crianças com esta problemática deverão primeiro que tudo tentar descobrir a raíz do problema, pois isto não é apenas uma criança mal comportada à procura de atenção, é um pedido de ajuda para lidar com uma situação de alguma gravidade.

Algumas estratégias para lidar com a agressividade infantil, que aconselhamos a mães, alunos, professores e pedagogos, passam por valorizar pequenos progressos realizados pela criança e ter flexibilidade ao lidar com determinadas situações em específico. Estes aspectos são muito importantes para que a criança perceba que tem todo o apoio de que necessita para resolver a situação, em vez de se sentir ainda mais culpada por isso. Outras soluções passam por ensinar formas comportamentais assertivas para lidar com determinados conflitos, programas de competências sociais e emocionais, role-plays de determindas situações sociais nos quais o comportamento da criança não é o mais correcto e evitar o reforço de comportamentos negativos.

Sentar-se com a criança e dizer-lhe que quer conversar com ela de um assunto muito sério para os dois, e dar exemplos de comportamentos que tem adoptado ultimamente, que são impróprios e podem ter consequências muito chatas. Como por exemplo, os amigos não quererem estar com ele, as meninas e meninos começarem a afastar-se.

Não só dizer o que está mal, mas, de acordo com as capacidades de insight do paciente, por vezes, lidar com a agressividade infantil consiste em dar exemplos apropriados de situações específicas e de como corresponder a um comportamento apropriado e vantajoso. Não criticar, mas ensinar a explorar soluções de como resolver. Resulta se for bem realizado.