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Práticas inclusivas do terapeuta da fala

A ASHA justifica as práticas inclusivas como um modelo apropriado de prestação de serviços, que acompanha os recentes movimentos da reforma educativa e da educação especial, que providenciam serviços às crianças num ambiente menos restritivo e mais adequado (Mills, 2014).

Práticas inclusivas do terapeuta da fala

As práticas inclusivas são uma abordagem efetiva de intervenção da terapia da fala, porém para que isso aconteça, é necessário que exista um conhecimento das mesmas por parte da comunidade escolar, de modo a que possam participar no processo de desenvolvimento da criança.

De acordo com Pereira (2011), foi através da análise de práticas educativas bem-sucedidas que se identificaram seis fatores primários que permitissem o desenvolvimento de uma escola inclusiva, nomeadamente uma liderança eficiente, uma reflexão assertiva sobre as práticas, o comprometimento de todos os profissionais da escola, alunos e comunidade, o planeamento sinérgico entre os profissionais da escola, a execução de estratégias de coordenação e, o reconhecimento profissional de toda a equipa educativa.

Ainda que existam diretrizes para a promoção de uma boa prática inclusiva, a mesma autora refere que cada escola opta pelas suas práticas, com fundamento nos seus alunos e contextos, encaminhadas através dos indicadores sugeridos pelo Ministério da Educação, pelo que não existe uma fórmula exclusiva e universal que possa ser operacionalizada por todas as escolas.

A ASHA determina as práticas inclusivas como um tipo de intervenção, em que as necessidades das crianças e jovens com perturbações da comunicação são atendidas num ambiente menos restritivo. Desse modo, sugere que a intervenção, baseada na prática inclusiva, seja realizada no ambiente natural do aluno, adaptando o serviço de forma a integrar o contexto da sala de aula e as atividades curriculares, em sinergia com as famílias, com os educadores e outros funcionários (American Speech-Language-Hearing Association, 1996).

Os modelos com base nas práticas inclusivas preferem que as intervenções terapêuticas sejam realizadas em ambientes naturais para a criança (sala de aula) uma vez que promovem a facilitação das competências comunicativas (Mills, 2014). Estes modelos não são exclusivos para o terapeuta da fala, e provêem da componente educativa e dos suportes teóricos da educação, no entanto, é da responsabilidade do terapeuta da fala adotar, adaptar e/ou modificar algum dos modelos, com a possibilidade inclusive de os combinar, como meio de intervenção para as suas crianças e jovens.

Os modelos descritos são sete e são os seguintes:

(1) supportive teaching,
(2) complementary teaching,
(3) station teaching,
(4) parallel teaching,
(5) consultation,
(6) team teaching e
(7) course for credit.

Os estudos referem então que estas práticas promovem uma avaliação mais real das verdadeiras dificuldades das crianças e como estas as afetam no seu contexto escolar e permitem delinear objetivos mais apropriados e compatíveis com o currículo educacional e relevantes para o mesmo, com uma consequência de uma maior generalização das capacidades comunicativas. Possibilitam também uma melhor proximidade entre os técnicos, professores e pais, e por consequente, um conhecimento aprofundado da relação da linguagem com as capacidades académicas.

Deste modo, a ASHA justifica as práticas inclusivas como um modelo apropriado de prestação de serviços, que acompanha os recentes movimentos da reforma educativa e da educação especial, que providenciam serviços às crianças num ambiente menos restritivo e mais adequado (Mills, 2014).

Excerto da dissertação de mestrado, intitulada de “O Terapeuta da Fala em Contexto Escolar”, de Telma Filipa Torres Lopes, mestre em Educação Especial – Domínio Cognitivo e Motor, pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve.

Obrigado pelo vosso interesse e espero ver-vos em breve na nossa clínica em Lisboa.

Dr. Sérgio Filipe Pereira – Psicólogo em Lisboa
Clínica de psicologia ITAD
Psicólogo, Terapeuta da Fala e Terapeuta Ocupacional
Psicóloga na Clínica do Itad em Lisboa
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