Alienação Parental
Quando a família não consegue estar unida, então os pais e os filhos têm que se adaptar à mudança de vida como separados. Esta mudança pode ser tranquila e construtiva, contudo muitas vezes pode ser extremamente danosa para os filhos. Quando isto acontece há probabilidade de acontecer alienação parental, quando o progenitor que fica com os filhos a cargo, influencia-os e manipula-os contra o outro progenitor, chegando ao ponto das crianças o odiarem e deixarem de lhe falar.
Alienação Parental
O síndrome da alienação parental consiste na intenção de um dos progenitores ou parentes próximos levarem uma criança a desenvolver sentimentos negativos para com o outro progenitor, denegrindo a imagem deste. Esta ideia de um progenitor persuadir o filho contra o outro progenitor é uma situação bastante frequente especialmente após uma separação ou divórcio conflituoso.
Um filho que ouve constantemente palavras desagradáveis e difamatórias sobre alguém da família ou não, vai interiorizar esses valores depreciativos e ser influenciado a afastar-se dessa pessoa, ou seja, alienar-se dela.
Não podemos confundir duas situações distintas:
A Parentalidade – Dinâmica que envolve os processos vinculativos e afetivos entre pais e filhos;
Conjugalidade – Dinâmica que envolve os processos vinculativos e afetivos entre os dois membros do casal.
O facto do casamento estar a terminar (conjugalidade) não significa que tenham que ser maus pais (parentalidade).
O funcionamento familiar fica completamente alterado, e a criança, perante a alienação parental, acaba por viver constantemente influenciada por sentimentos de injúrias e difamações. Esta manipulação dos sentimentos do filho e a criação de obstáculos à sua relação com o outro procriador são considerados uma violação dos seus direitos, uma vez que a criança tem o direito de ter contacto com ambos os pais e acaba por maltratar um dos seus pais.
Esta forma de apreciar os pais é gravemente prejudicial para qualquer pessoa. Mais ainda quando falamos de um filho que é obrigado a odiar o seu pai ou mãe.
Os Efeitos da Alienação Parental nas crianças
Do ponto de vista do filho, na medida em que está a ser influenciado, é normal que, numa fase de alienação parental, devido à maldade que lhe estão a incutir, exteriorize muita irritação e impaciência, deixando-se dominar por sentimentos de insegurança e medo. É como se vivesse constantemente assustado e desorientado, sem ter consciência de que está a ser usado como uma represália de um conflito entre os pais.
A criança questiona-se várias vezes sobre as razões do afastamento do progenitor vitimizado, sentindo-se rejeitada por este. A alienação parental traz sentimentos de culpa.
É frequente começarem a gritar mais como sinal de revolta, pois é como se os seus sentimentos estivessem presos e a criança não pudesse contrariar o pai alienador.
Podem também surgir problemas ao nível do sono e da alimentação, provocados pela instabilidade emocional e stress a que está sujeita a criança.
Um dos efeitos da alienação parental a longo prazo é o facto dos filhos expostos a esta situação poderem vir a ser adultos com tendência a ver o casamento como uma coisa negativa.
Podem ter dificuldades em lidar com os seus sentimentos numa relação a dois, o que se pode refletir nas relações de amizade onde a confiança e o envolvimento podem não emergir com facilidade.
No mesmo sentido, é normal existir uma redução da auto estima, entre outros fatores negativos. Isto provocado pela decisão de um dos pais usar os filhos como arma para maltratar ou negociar com o ex-parceiro.
O que fazer em situações de Alienação Parental:
Se sente que está ou conhece alguma situação de alienação parental, peça ajuda de imediato à nossa clínica de tratamento de doenças do foro psicológico, para que os nossos psicólogos da clínica ITAD de Lisboa lhe possam aconselhar o melhor e o mais rápido possível.
Para a criança, já não é bom ter os pais separados, quanto mais ter de tirar partido de um, por isso, consoante as circunstâncias, talvez seja uma boa ideia ponderar e repensar a decisão do divórcio. Na mesma linha de pensamento, devemos pensar no bem-estar da criança, tentando não a expor a situações de conflito, pensando no que será melhor para ela.
Transmitir-lhe segurança e amor em todos os momentos que está com ela será o ideal para que esta não se deixe manipular pelo outro progenitor e a vossa relação fique mais forte.
Procure tentar restabelecer o equilíbrio emocional, falando calmamente com a criança e explicar-lhe o que está a acontecer, deixando bem claro que ela não tem nada a ver com os conflitos entre os pais.
Será também importante e aconselhável levar a criança a um psicólogo experiente nesta área de intervenção. A clínica de psicologia ITAD em Lisboa está inteiramente ao seu dispor para o ajudar nesta dolorosa fase de sofrimento que tem sido para si e para o/a seu filho/a.
É compreensível que também você esteja a sofrer emocionalmente e por esse motivo sugere-se que procure também ajuda psicológica de modo a conseguir desenvolver recursos para lidar com este fenómeno da melhor forma possível.
Será muito produtivo se você conseguir ter um divórcio o mais saudável e amistoso possível, pois estará a ensinar aos seus filhos que os problemas resolvem-se conversando e tomando decisões em conjunto.
Caso esteja a vivenciar alienação parental, estará educando os seus filhos a terem grandes dificuldades para resolver os seus problemas diários e com pouca capacidades para tomar decisões complicadas que envolvam afectos e frustrações.
Conselhos para os pais em fase de separação não submeterem os filhos a Alienação Parental:
1. Não tente comprar o seu filho para se aliar consigo contra o outro.
2. Contenha e iniba a sua hostilidade na frente das crianças. Ouvir pais divorciados a discutir é a causa mais comum para uma criança vir a ter graves problemas emocionais e escolares.
3. Renegociar uma relação de co-parentalidade saudável após o divórcio. Não implica ser o melhor amigo do seu ex-companheiro/a, mas é favorável ter um relacionamento civilizado para que seu filho não esteja sobrecarregado de raiva e stress durante o processo.
4 . Não falar mal do seu ex-companheiro/a à frente de seu filho. Na verdade, é positivo fazer comentários ao seu filho, com algumas apreciações boas sobre o outro progenitor. Pela razão que já não são casados, o pai ou mãe não têm de passar de melhores e mais respeitadas pessoas do mundo, a bestas e inimigos.
5. Fique na mesma sintonia com o seu ex-companheiro/a sobre todas as normas relativas às crianças na hora de dormir, de realizar os TPC, no tempo de televisão, nas saídas de casa, etc. Cooperem na sua educação, não a destruam.
6. Participar em terapia familiar sozinha/o ou com o seu ex, ou atual companheiro/a, pode ajudar caso esteja com dificuldades em chegar a um consenso sobre as regras e as consequências para o seu filho. Permita que um psicólogo do ITAD o possa ajudar a si, e à sua família. Em especial à criança.
7. Não falar mal do seu ex-companheiro/a aos seus pais ou outros membros da família. As crianças adoram os seus avós, tias e tios, e se um avô ou avó diz coisas negativas sobre eles à criança, esta vai sentir-se em conflito.
8. Ajuda tranquilizar as crianças dizendo o pai e mãe juntos que os pais se divorciam e não foi culpa deles, e nada fizeram de mal para provocar o divórcio. As crianças muitas vezes podem sentir-se culpadas.
9. Diga ao seu filho que os pais vão continuar a amá-lo e passar tempo com ele.
10. Diga ao seu filho que você espera que ele continue a fazer as coisas bem para continuar a ter orgulho nele. Que estude, tenha boas notas e que lhe explique e conte tudo com alguma frequência, presencialmente ou por telefone.