Unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espetro do autismo
Unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espectro do autismo tratam-se de uma rede de apoio à inclusão de alunos com PEA, de modo a convergir nelas todos os recursos humanos e materiais que visem oferecer uma resposta educativa adequada a estas crianças (DGE, 2016).
Unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espectro do autismo
As unidades de ensino estruturado (UEEA) para alunos com perturbação do espectro do autismo tratam-se de uma rede de apoio à inclusão de alunos com PEA, de modo a convergir nelas todos os recursos humanos e materiais que visem oferecer uma resposta educativa adequada a estas crianças (DGE, 2016). Apesar de serem uma referência para estes alunos, não são uma turma acrescida às restantes, uma vez que cada unidade está agregada a uma turma de referência (Capucha, 2008).
As UEEA estão delineadas à imagem da educação especial, logo pretendem dar resposta às necessidades dos alunos com PEA, fornecendo-lhes um espaço e uma garantia na continuidade do seu processo educativo (Capucha, 2008).
Deste modo, no que concerne à estrutura física, o ambiente de ensino deve estar estruturado de forma visualmente clara, com áreas bem delimitadas, de modo a que o aluno possa obter a informação e se organize o mais autonomamente possível, aspeto importante para manter a estabilidade e desenvolver as aprendizagens.
A organização do espaço destas salas realiza-se de uma forma peculiar, sendo composta por sete áreas.
* A área de transição é onde se encontram os horários individuais. As pistas visuais aqui presentes informam sobre onde, quando e o que o aluno irá realizar ao longo do seu dia.
* A área de aprender é o espaço individualizado, que não apresenta qualquer distrator, trata-se do local onde é desenvolvida a concentração e atenção, e em simultâneo, novas aprendizagens, utilizando estratégias demonstrativas, pistas visuais ou verbais, ajudas físicas, reforço positivo e ainda atividades que estejam de acordo com os interesses do aluno, de forma a aumentar a motivação e concentração.
* A área de trabalhar tem como objetivo que o aluno realize autonomamente as atividades já aprendidas, existindo aqui um plano de trabalho que permite a aquisição da noção de princípio, meio e fim (sequenciação).
* A área de reunião permite desenvolver atividades que envolvam a comunicação e a interação social, como por exemplo, ouvir histórias.
* A área de trabalhar em grupo é a área onde são desenvolvidas atividades em grupo, promovendo o desenvolvimento de formas de interação e de partilha com os restantes.
* Na área de brincar ou lazer os alunos com PEA aprendem a relaxar, a brincar, a trabalhar o jogo simbólico e onde é permitido estereotipias.
* Por fim, na área do computador, os alunos podem utilizá-la sozinhos ou com ajuda ou com os pares. Pode permitir que o aluno ultrapasse algum tipo de dificuldade, que generalize as suas aprendizagens, aumenta a atenção e motivação e para o uso de alguns meios aumentativos e/ou alternativos de comunicação.
Em relação à organização do tempo, estas salas envolvem a utilização de horários individuais, planos de trabalho (indica as tarefas a realizar em determinada área, sendo primordial para que o aluno aprenda a trabalhar sozinho e adquira autonomia) e cartões de transição (avisa o aluno que deve ir à área de transição para saber o que tem de fazer a seguir) (Capucha, 2008).
Estas UEEA carecem de recursos humanos, pelo que o indicado para uma turma de seis alunos, é a existência de dois docentes do Quadro de Educação Especial (preferencialmente experientes nas PEA), dois auxiliares de ação educativa, um Terapeuta da Fala e um psicólogo, sendo que estes dois últimos técnicos estão dependentes do tempo atribuído a cada unidade.
Ao nível de recursos materiais é essencial criar e/ou adaptar material. Logo, é necessário ter material informático, máquina de plastificar, material didático e audiovisual, entre outros. Mais especificamente, na estruturação do espaço físico é necessário mobiliário que possibilite delimitar bem as diferentes áreas (Capucha, 2008).
Obrigado pelo vosso interesse e espero ver-vos em breve na nossa clínica em Lisboa.
Dr. Telma Lopes – Terapeuta da Fala em Lisboa
Clínica de psicologia ITAD
Psicólogo, Terapeuta da Fala e Terapeuta Ocupacional
Psicóloga na Clínica do Itad em Lisboa
Clínica de Psicologia ITAD
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