Educar
Educar…sim!!! Mas como?? Eis algumas dicas que lhe vão poder ajudar certamente nesta tarefa tão árdua e complicada. Educar não é uma tarefa fácil. No entanto, torna-se mais simples se os pais adotarem determinados comportamentos de uma forma consistente e firme.
Educar
As crianças necessitam de controlo externo para se auto-controlarem, por isso necessitam indiscutivelmente de limites. Educar é impor alguns travões. Os limites ajudam a criança a distinguir comportamentos corretos de incorrectos e a saber o que esperar dos outros com o seu comportamento. Sendo assim, é fundamental existirem regras. Cada vez que instituímos uma regra, devemos explicar à criança porque é necessário o seu cumprimento e explicitar qual a consequência do seu não cumprimento. As regras deverão ser curtas, claras e concretas de modo a que criança interiorize o comportamento que deve ter. Por exemplo, “Só te levantas da mesa depois de todos termos jantado”. Por outro lado, sugere-se que sejam colocadas de forma positiva, conforme o exemplo enunciado. Da mesma forma, é necessário que se tratem de regras adequadas às capacidades da criança.
Porém, muitas vezes acabam por desobedecer a estas e isto pode acontecer por várias razões. Frequentemente, as crianças desobedecem com o objetivo de “chamar a atenção”. Porquê? Porque infelizmente dedicamos-lhes mais atenção quando fazem asneiras, isto é, quando têm comportamentos incorrectos. Provavelmente quando estão sossegadas a ver televisão, nem nos lembramos de as elogiar ou de lhe dar um pouco do nosso afeto. No mesmo sentido, acontece que algumas crianças têm muita dificuldade em gerir e compreender sentimentos, o que faz com que facilmente se portem mal, pois é a forma que encontram de o manifestarem.
Como dizíamos anteriormente, as crianças têm de ter conhecimento do que vai acontecer se não cumprirem as regras. Por exemplo, “ Se não arrumares o quarto hoje, não vês televisão até amanhã”. Pois bem, Educar é também castigar quando é preciso. No fundo, ao castigarmos estamos a transmitir que determinado comportamento não é aceitável e ajudamos a criança a eliminá-lo do seu reportório. Os castigos, para surtirem efeito, deverão ser aplicados tendo em conta algumas características. Deverão ser:
– Consonantes, isto é, têm de ser o mesmo para o mesmo comportamento, seja com o pai, com a mãe ou com outros familiares;
– Limitados no tempo, ou seja, têm ser concretizados por um período definido de tempo se não a criança acaba por continuar a portar-se mal, uma vez que já está mesmo de castigo e nem sabe quando irá deixar de estar;
– Coerentes, não só no tempo como na execução e continuidade do mesmo. Se a mãe castiga o filho até 4ª feira e na 3ªfeira ele já se está a comportar melhor, deve manter na mesma o castigo até 4ªfeira, cumprir com a sua palavra. Da mesma forma, deverá ser aplicado o ou um castigo, dependendo da sua eficácia, sempre que o comportamento indesejado ocorrer.
– Adequado à gravidade do comportamento e razoável, castigamos de uma forma mais leve e menos penosa se o comportamento tiver consequências relativas e atribuímos um castigo mais intenso se por exemplo, a criança bater num colega.
– No entanto, não se aconselham castigos físicos ou que envolvam dinheiro, pois corremos o risco destes produzirem efeitos indesejáveis. É preferível retirarem-se brinquedos e experiências como passeios ou idas à casa de uma/um amiga/o.
Convém dizer que Educar consiste também em reforçarmos a existência de comportamentos positivos, como atribuir recompensas ou fazermos elogios às crianças. Incentivar a autonomia e a autoconfiança através de experiências onde estas questões possam estar envolvidas é uma óptima ideia!
Estes conselhos servem não só para pais como para professores.
Dr Sérgio Pereira
Clínica de psicologia ITAD
Psicólogo na Clínica do Itad em Lisboa
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