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Comportamento Anti-social Infantil

O termo Comportamento Anti-social Infantil (ou transtorno dissocial, segundo o DSM-IV), refere-se ao comportamento que infringe regras sociais ou que seja uma ação contra os demais.

Comportamento Anti-social Infantil

Comportamento Anti-social Infantil

O indivíduo que assim se comporta é percebido como socialmente incompetente, à medida que utiliza mecanismos inadequados de interação e de solução de problemas.
Estudos indicam que as práticas educativas ineficientes dos pais são vistas como determinantes deste problema de comportamento infantil e que as relações entre colegas, na infância, contribuem significativamente para o desenvolvimento do funcionamento interpessoal e proporcionam oportunidades únicas para a aprendizagem de capacidades específicas que não podem ser obtidas de outra forma ou noutros momentos.

Crianças ou adolescentes que apresentam um comportamento antissocial são percebidas como socialmente incompetentes, à medida que utilizam mecanismos de interação e de solução de problemas considerados socialmente inadequados. O termo antissocial é empregado para se referir a todo o comportamento que infrinja regras sociais ou que seja uma ação contra os outros, tais como comportamento agressivo, comportamento infrator (furto, roubo, entre outros), vandalismo, piromania, mentira, ausência escolar e fugas de casa, entre outros, apresentando-se com muita frequência e intensidade ou magnitude.

O Comportamento Anti-social Infantil é denominado no DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994), como transtorno de personalidade e é definido como um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes apropriadas à idade. Estes comportamentos podem ser: comportamento agressivo que causa danos físicos a outras pessoas ou a animais ou que causa perdas ou danos a propriedades; dolo ou furto ou graves violações de regras. É necessário que pelo menos três destes critérios tenham estado presentes nos últimos 12 meses e pelo menos um deve ser observado nos últimos 6 meses.

Diversos autores têm estudado a etiologia do Comportamento Anti-social Infantil e indicam uma relação com consequências comportamentais, em especial durante a infância. Por exemplo, incluem como fatores relevantes no desenvolvimento deste problema de comportamento infantil, o pouco envolvimento positivo da família com a criança e o pobre monitoramento e supervisão das atividades desta.

Adicionalmente, variáveis perturbadoras estão correlacionadas à prática inadequada de disciplina parental: história de comportamentos antissociais noutros membros da família, desvantagens no nível socioeconómico e fatores de stress, como por exemplo, o desemprego, a violência familiar, os conflitos conjugais e o divórcio.

Alguns inibidores do desenvolvimento do Comportamento Anti-social Infantil incluem: preparação de pais para a adoção de práticas de educação infantil adequadas, melhoria das relações afetivas, uso apropriado de reforços positivos, desenvolvimento de capacidades para resolver problemas, supervisão e monitoria pelos pais, melhoria no desempenho escolar, aumento da autoestima e desenvolvimento de capacidades sociais, entre outros.

Os pais devem ser capazes de:
• Identificar e saber descrever o comportamento infantil adequado (para perceber que a criança não faz somente comportamentos inadequados; para melhorar a avaliação parental do comportamento infantil e para que comportamentos adequados sejam reforçados positivamente pelos pais);
• Reforçar o comportamento infantil adequado (para aumentar a frequência do mesmo e para aumentar a autoestima da criança);
• Analisar o seu próprio comportamento face ao comportamento dos filhos;
• Diferenciar os Comportamento Anti-social Infantil por défice e por excesso (para saber distinguir os motivos de tais comportamentos e qual a intervenção a utilizar – ensinar, reforçar, fazer com a criança);
• Ignorar o comportamento inapropriado por excesso (menos os comportamentos perigosos ou destrutivos), pode ajudar a criança a discriminar a diferença da reação dos pais ao comportamento apropriado e ao inapropriado:
o Não olhar para a criança, não rir, não franzir a testa, entre outros.
o Ficar em silêncio.
o Ignorar esse comportamento incorreto.
o Ter a noção que esse comportamento poderá ser mais frequente ao princípio.
• Desenvolver capacidades para a solução de problemas.
Assim sendo, uma das opções para a prevenção e intervenção face a problemas de inaptidão social decorrentes de comportamento antissocial é orientar os pais e trabalhar diretamente com as próprias crianças ou adolescentes de forma a possibilitar a aprendizagem de comportamentos corretos e socialmente aceites.

Cláudia Sofia Simões
Autora do texto Comportamento Anti-social Infantil
Psicóloga na Clínica de psicologia Lisboa – ITAD
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