Desobediência nas Crianças
A desobediência nas crianças é uma problemática que pode atingir comportamentos graves na dinâmica familiar e social.
Desobediência nas Crianças
A desobediência nas crianças traduz-se num comportamento muito comum entre os jovens e reflete-se através do não cumprimento de exigências solicitadas por alguém mais velho. É acompanhada de discussões, palavras desagradáveis, amuos e de um tom de voz elevado.
Normalmente, a desobediência manifesta-se em qualquer contexto, mas em casa é onde se acentua mais e onde os conflitos provenientes são maiores.
Causas
Antes dos 3 a 4 anos, as crianças não possuem capacidades cognitivas suficientemente estruturadas, para que compreendam os estímulos e instruções como um adulto. Quando forem mais crescidos, deve-se instruir o melhor possível para que não ocorra uma grande incidência de desobediência nos jovens. Por isto, antes dos 5 anos de idade, não se pode diagnosticar nem prever um comportamento de desobediência nas crianças.
Contudo, as crianças por serem opositoras ou respondonas não significa que tenham alguma patologia. Existem vários graus de intensidade, desde os mais opositores, aos que simplesmente o fazem por birra, ou mesmo como uma simples característica de uma fase de crescimento dos 2 aos 3 anos de idade.
A desobediência nas crianças para ser classificada como patologia, tem que ser bastante intensa a recusa e oposição ao ponto de este comportamento lhe prejudicar a sua vida num contexto geral. Pode provocar por exemplo isolamento, incompreensão, tristeza, comportamentos violentos, inadaptabilidade social e familiar, entre outros.
Na adolescência ocorre um fenómeno muito particular. Até aos 12, 13 anos, os jovens seguiam quase religiosamente os conselhos dos pais. Eram os pais que diziam o que os filhos tinham que fazer, onde iam, que comiam, a que horas se levantavam, se tomavam banho ou não etc. A partir destas idades, as capacidades dos jovens começam a desenvolver-se e a potenciar-se para que sejam cada vez mais autónomos e independentes. Agora as indicações dos pais são, cada vez mais, refutadas para segundo plano. Agora é o jovem que manda nele, que segue os seus próprios instintos, ideias e opiniões, não as dos pais.
Assim, se o jovem não for educado, ensinado a “obedecer”, ou seguir os conselhos dos pais, nos primeiros anos de vida, será difícil que queira cumprir as instruções, pois foram potenciados os comportamentos de desobediência enquanto criança.
Outra justificação para promover a desobediência nas crianças é a questão dos filhos serem os “senhores da decisão” de quase todos os temas da família, como se tudo estivesse centrado neles, dando-lhes poder para retaliarem. Os pais galinha sobre-protetores são o desacordo e o inconformismo dos jovens para com ordens e regras, que levam naturalmente à desobediência. Este é um caminho escolhido quando o jovem vê na ordem uma ameaça às suas capacidades sentido que ao seguir a instrução significa que não consegue fazer as coisas sozinho e consequentemente decide não obedecer quase que instintivamente.
Como agir face à desobediência nas crianças?
Caso esteja em casa com um membro familiar que reúna estas características de criança desobediente, aconselhamos seriamente a consultar o nosso psicólogo especialista em crianças, na nossa clínica de tratamento de problemáticas do foro psicológico ITAD em Lisboa. Um técnico especialista sabe como ajudar, e de uma forma rápida.
Como em qualquer tipo de relação, é fundamental estabelecer limites e normas a fim de evitar a desobediência nas crianças.
Podem haver muitas razões para as quais este comportamento está a ser causado ou adoptado pelos filhos, mas uma das principais é devido à dinâmica familiar.
Quando um pai tenta “comprar” ou agradar demasiado um filho para se sentir valorizado ou querido, por exemplo em situações de brigas constantes ou agressões verbais entre os cônjugues, casos de divórcio conflituoso, falta de um elemento de líder paterno ou materno firme que sirva de orientador, etc.
Sermos excessivamente firmes e rígidos nos comportamentos que queremos que os filhos tenham é igualmente prejudicial como estar sem regras, num ambiente tolerante e permissivo.
Há que consciencializar os jovens do seu comportamento e da problemática que acarreta ignorando o que argumentam, e dizendo apenas “já te disse o que tens a fazer”. Face à desobediência nas crianças é igualmente importante fazer uma lista das suas responsabilidades diárias e afixá-la, deixando claras as consequências do não cumprimento.
As ordens às crianças desobedientes deverão ser dadas uma só vez, sendo curtas, claras e acompanhadas de um tom de voz confiante e não imperativo.
Lembre-se de reforçar positivamente o cumprimento das ordens, elogiando por exemplo, ou explicando os benefícios que tem.
Quanto mais assertivo você conseguir ser ao comunicar com o seu filho, mais rápido irá conseguir de uma forma fácil que o seu filho adote comportamentos mais sociais.
Dr Sérgio Pereira
Clínica de psicologia ITAD
Psicólogo na Clínica do Itad em Lisboa
Clínica de Psicologia ITAD
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