Inclusão de alunos com NEE na sala de aula
Atualmente, a inclusão dos alunos com NEE na sala de aula está legislada com a premissa de que a educação é um direito que assiste a todas as crianças. Crianças com as mais variadas necessidades educativas estão nas salas de aulas das escolas de todo o mundo.
Inclusão de alunos com NEE na sala de aula
Outrora, os alunos com necessidades educativas especiais – NEE – eram segregados das salas de aula regulares. Na década de 70, em virtude do alargamento da escolaridade obrigatória, urgia um ensino que respondesse às necessidades das crianças com NEE.
A partir da década de 80, a integração começou a ser feita com o objetivo de proporcionar às crianças especiais as mesmas oportunidades para todas as crianças.
Atualmente, a inclusão dos alunos com NEE está legislada com a premissa de que a educação é um direito que assiste a todas as crianças. Crianças com as mais variadas necessidades educativas estão nas salas de aulas das escolas de todo o mundo.
Ainda assim, existe um longo caminho a percorrer para que a inclusão dos alunos com NEE seja plena. Questões como a falta de recursos na escola ou a (falta de) formação dos professores no âmbito das NEE são exemplos de barreiras à inclusão.
Alunos com NEE são alunos com capacidades de diferentes níveis, que demonstrem dificuldades na aprendizagem e cognição, comunicação, interação, nos aspetos físicos e sensoriais, e /ou comportamentais, emocionais e de desenvolvimento social.
Segundo a OCDE, existem três categorias de necessidades educativas especiais, em função das suas causas. São elas:
(i) Deficiências – que integra alunos cuja dificuldade deriva de causas orgânicas ou biológicas;
(ii) Dificuldades – abrange alunos cujas necessidades educativas especiais não parecem decorrer de causas orgânicas, nem de desvantagens sociais;
(iii) Desvantagens – abrange alunos cujas necessidades educativas especiais derivam de fatores socioeconómicos, culturais ou linguísticos.
Em contexto de sala de aula, os professores tentam constantemente organizar estratégias que potenciem a aprendizagem destes alunos. Efetivamente, com todos os desafios que lhe estão inerentes, a inclusão das crianças com NEE começa na sala de aula.
Seguem-se algumas estratégias que poderão ajudar os professores e que deverão ser adaptadas às necessidades e especificidades de cada aluno:
• Utilizar a mediação de pares, incluindo os alunos com NEE em pequenos grupos de alunos do ensino regular para a realização de projetos ou outros exercícios. A colaboração traz benefícios para a aprendizagem de todos os alunos, através da discussão e da exposição de diferentes pontos de vista. Para além de melhorar a aprendizagem dos conteúdos, aumenta o interesse sobre os temas, promove a socialização, melhora a capacidade de comunicação, a capacidade de liderança e a autonomia.
• Incluir estímulos visuais nas explicações, tais como gráficos, fotografias, desenhos, calendários, lembretes ou listas de tarefas. As representações visuais permitem que o aluno organize a informação e lhe dê significado.
• Incluir outras experiências sensoriais na aprendizagem através de atividades com várias cores, texturas e materiais. Por exemplo, para as competências de escrita e leitura, poderá ser útil a utilização de digitintas, plasticina, arroz, farinha para a reprodução de letras ou palavras pelo aluno.
• Sempre que possível, privilegiar a aprendizagem através da experiência e do contacto direto. Por exemplo, ir a uma exposição sobre animais ou ir para o pátio da escola aprender sobre as árvores, ao invés de ler um livro sobre o assunto. Esta estratégia ajuda o aluno a organizar e a memorizar melhor a informação e a dar significado à aprendizagem.
• Utilizar mnemónicas para a memorização de informação. As mnemónicas são formas simples, sugestivas e com significado, de organizar uma informação mais complexa.
• Segmentar a tarefa, passo a passo, fornecendo instruções claras juntamente com demonstrações.
• Fracionar a habilidade alvo em unidades mais pequenas e depois sintetizar as partes num todo. Não esquecer de dar feedback para que o aluno saiba o que se espera dele.
• Praticar e repetir atividades diariamente, dependendo da habilidade que se pretende trabalhar.
• Utilizar software didático para a aquisição e consolidação de conceitos.
Obrigado pelo vosso interesse e espero ver-vos em breve na nossa clínica em Lisboa.
Dr. Sérgio Filipe Pereira – Psicólogo em Lisboa
Clínica de psicologia ITAD
Psicólogo, Terapeuta da Fala e Terapeuta Ocupacional
Psicóloga na Clínica do Itad em Lisboa
Clínica de Psicologia ITAD
Av. Almirante Reis nº59 1ºEsq 1150-011 Lisboa – Portugal
211 371 412 – 961 429 911